“Droga” qualquer substância e/ou ingrediente utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias, etc.; um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga. Contudo, o termo é comumente empregado a produtos alucinógenos ou qualquer outra substância tóxica que leva à dependência como o cigarro e o álcool, que por sua vez têm sido sinônimo de entorpecente.
As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro, alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas.
O que leva uma pessoa a usar drogas?
Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou aguentar situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, busca por sensações de prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de acesso e obtenção
Cigarro
Por longos e longos anos as pessoas foram ensinadas que o cigarro somente provocaria reações no organismo após um grande período de uso, porém estudos recentes desmentem tais ensinamentos e assustadoramente mostram a real força do cigarro no organismo. Este, composto por tabaco seco enrolado por um fino papel que se queima após ser aceso, provoca rápidas reações no corpo do homem.
Segundo estudiosos, cerca de 10% dos fumantes que colocam o primeiro cigarro na boca já apresentam reações significativas no organismo que provocam a dependência por um período de até dois dias depois, idéia que se aplicava somente aos fumantes de longa data. O curioso é que um cigarro consegue suprir, em fumantes iniciantes, a necessidade do organismo em relação à droga por até uma semana, o que não acontece com fumantes de longa data.
Intrigantemente, a nicotina presente em um só cigarro consegue aumentar a produção de hormônios receptores no lobo frontal do cérebro, no hipocampo e no cerebelo que envolve a memória a longo prazo. Dessa forma, dois dias após ter fumado um único cigarro um indivíduo passa a ter necessidades da droga no organismo. A manifestação da dependência à droga ocorre por causa das adaptações que o organismo faz para recebê-la na busca por manter seu equilíbrio químico e funcional.
Com o decorrer do tempo, as pessoas tendem a necessitar de um novo cigarro em um curto período, ou seja, em um prazo de duas horas o organismo já deixa o indivíduo inquieto, irritado e ansioso fazendo com que busque a calmaria no cigarro.
Deixar de fumar não é fácil. Segundo pesquisas, somente 3% dos fumantes conseguem abandonar o vício e o restante pode até conseguir parar durante um período, mas após esse volta a fumar. Acredita-se que a melhor forma para abandonar o vício é deixá-lo de uma só vez e não gradualmente como muitos fazem.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação.
Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, ele é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.
Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, já que esse excesso pode estar ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de dependência).
Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago.
Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência, caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.
Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
As anfetaminas são drogas estimulantes, ou seja, estimulam o sistema nervoso central, provocando aumento das capacidades físicas e psíquicas. Os efeitos que podem ser sentidos no corpo são: dilatação da pupila, aumento da pressão sanguínea, aumento do número de batimentos cardíacos.
Anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Foi sintetizada pela primeira vez em 1887, na Alemanha. Quarenta anos mais tarde começou a ser usada pelos médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e branquiais e estimular o sistema nervoso central. Em 1932, a droga foi lançada na França com o nome de Benzedrine, na forma de inalador indicado como descongestionante nasal. Em 1937, foi comercializada na forma de comprimido para elevar estados de humor. Durante a Segunda Guerra Mundial foi utilizada pelas tropas alemãs para reforçar a resistência e eliminar a fadiga de combate.
O controle da comercialização iniciou por volta do ano de 1970, quando as anfetaminas passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, por causar um estado de grande excitação e sensação de poder, dependendo da dosagem. As anfetaminas provocam dependência física e psíquica, o uso freqüente pode ocasionar tolerância à droga e diante da suspensão poderá ocorrer também a síndrome de abstinência.
As anfetaminas são facilmente encontradas em farmácias e usadas principalmente em regimes de emagrecimento e como estimulante, pois inibe a fome e proporciona euforia, maior resistência e melhor concentração, porém as farmácias são obrigadas a vendê-las sob prescrição médica.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
Ansiolítico é uma droga sintética utilizada para diminuir a ansiedade e a tensão. Atingem áreas do cérebro que controlam a ansiedade. Quando recomendado por médicos, não provocam danos físicos ou mentais.
É um medicamento sedativo, conhecido também como tranqüilizante, que possui o efeito de diminuir ou extinguir a ansiedade, sem prejudicar excessivamente as funções psíquicas e motoras.
São utilizados no tratamento de insônia e para reprimir crises convulsivas. Recebem o nome de drogas hipnóticas, por induzir o sono. Os ansiolíticos mais comuns são as substâncias chamadas benzodiazepínicos. São utilizados via oral, em forma de comprimidos ou cápsulas, ou via endovenosa, em forma de injeção.
Devido à facilidade com que este medicamento é disponibilizado em farmácias, seu uso tornou-se comum. Existem pessoas que ao se sentirem estressadas ou nervosas fazem uso desse medicamento, mesmo sem recomendação médica.
O ansiolítico é utilizado por usuários de drogas estimulantes, para diminuir a euforia, a excitação e até mesmo para dormir após o uso prolongado de drogas.
Os ansiolíticos benzodiazepínicos podem causar dependência quando são utilizados por um longo período.
Os sintomas de abstinência são: irritabilidade, dores no corpo, insônia, em casos extremos provoca convulsão.
Em mulheres grávidas, o ansiolítico pode provocar má formação fetal.
Os benzodiazepínicos são as drogas mais utilizadas em todo o mundo, e consideradas um problema de saúde pública nos países mais desenvolvidos.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
Barbitúricos são substâncias utilizadas, desde o início do século XX, para o tratamento da ansiedade e agitação de pacientes, principalmente por indivíduos com problemas psiquiátricos. Produzidos a partir do ácido malônico e da ureia, agem no sistema nervoso central, podendo causar sono ou relaxamento, dependendo da dosagem ministrada.
O surgimento de outras drogas, como as benzodiazepinas, e seu uso indiscriminado por determinados indivíduos, causando diversos casos de morte por parada cardíaca, insuficiência renal, complicações pulmonares e também suicídios; fizeram com que seu uso, hoje, fosse bastante restrito.
Atualmente, os classificamos como: barbitúricos de longa ação (de oito a dezesseis horas), estes utilizados no tratamento de epilepsia, úlceras pépticas e hipertensão arterial; de ação média (quatro a seis horas), ministradas para o tratamento de insônias; e barbitúricos de curta ação (imediata), utilizados como anestésicos e/ou sedativos.
A dosagem indicada, geralmente, se limita a 100 e 200 miligramas ao dia. Dosagens que ultrapassam tais valores, utilizadas por período contínuo, propiciam a tolerância, causando também dependência física e psicológica, e problemas como anemia, depressão, falta de coordenação motora, irritabilidade e confusão mental; sendo que, aliados ao álcool e a anfetaminas, o risco de morte é muito alto.
Os sintomas da abstinência incluem ansiedade, sudorese, perda de apetite, hiperatividade, convulsões, paranoia, câimbras, dentre outros; e podem durar até duas semanas. Esta situação requer tratamento médico e hospitalização.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
TIPOS DE DROGAS E SEUS EFEITOS NEGATIVOS
TIPOS DE DROGAS E SEUS EFEITOS NEGATIVOS
Tipos de drogas
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Drogas
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Outros Nomes
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Como é Consumida
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Feitos Negativos
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DEPRESSORES
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ÁLCOOL
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Cerveja, vinho, cachaça uísque, coquetéis, licores, conhaque,etc.
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Por via oral
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Consumido em excesso, causa tonturas, distúrbio do sono, náusea, vômito e ressaca. O comportamento de quem bebe pode se tornar agressivo e violento; com a fala confusa ou incompreensível. Quem dirige depois de beber corre sérios riscos de sofrer e provocar acidentes, porque o álcool deixa a pessoa com os reflexos comprometidos. O álcool também causa dependência física, depressão respiratória e morte por overdose.
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INALANTES/ SOLVENTES
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Cola de sapateiro; cheirinho da Loló; éter; lança perfume; removedores; buzina; isqueiro; B-25 (cloreto de metileno)
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Inalada, aspirada, substitui o oxigênio por alguns segundos, dando a sensação de euforia e tontura.
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Inalação profunda ou repetida podem causar, desorientação, perda de controle e, às vezes, queda de pressão, convulsões, desmaios e coma. É possível ocorrer o sangramento e feridas no nariz, perda de coordenação muscular, olhos congestionados. O uso simultâneo do álcool pode levar à arritmia cardíaca e provocar a morte. É comum a dependência física e psicológica.
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BENZODIAZE – PÍNICOS
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Ansiolíticos, tranqüilizantes, remédios para dormir.
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Por via oral, em forma de pílulas ou dissolvidos em bebidas.
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Dependência; apagamentos com perda completa de memória; risco de coma e parada respiratória; tonturas e desorientação; náuseas; dificuldades com movimentos e com a fala.
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ESTIMULANTES
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COCAÍNA
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Coca; pó; branquinha; farinha.
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Cheirada; dissolvida em água e injetada; misturada na bebida.
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A cocaína aumenta a pressão arterial e o batimento cardíaco. Altera o ritmo respiratório; faz as pupilas dilatarem e aumenta a temperatura do corpo. Causa irritabilidade e ansiedade, perda de apetite e apoplexia. Gera dependência e pode levar à morte por overdose. Riscos de HIV, hepatite e outras moléstias infecto/contagiosas por uso de seringas.
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CRACK E MERLA
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Pedra
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Aquecidos e fumados com cachimbos ou artefatos que possibilitam a queima.
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O efeito da droga leva 15 segundos para atingir o cérebro e causar a fissura. As conseqüências são as mesmas da cocaína.
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ECSTASY (METILENO - DIOXIME TANFE LAMINE)
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Êxtase; droga do amor; MDMA
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Por via oral
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Desencadeia distúrbios psiquiátricos incluindo pânico, ansiedade, alucinações, depressão e paranóia. Causa tensão muscular, náuseas, visão embaçada, tremores, suor, calafrios; desidratação, possivelmente desmaios e falência renal. Aumenta a pressão arterial e o batimento cardíaco. Perturba o apetite e o sono.
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ECSTASY LÍQUIDO
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GHB (ácido Gama- Hidroxibutírico)
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Pó incolor, inodoro e levemente amargo diluído em água ou álcool para beber.
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Dificuldade de concentração, perda de memória e consciência, parada cardiorespiratória, diminuição dos reflexos e disfunção renal.
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SEXTASY
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Ecstasy-T
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Mistura de Ecstasy e Viagra
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Os mesmos de Ecstasy.
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CHÁ DE CHUMBO
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Chá de fita
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Chá preparado com materiais extraídos de pilhas ou fitas de vídeo
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Os metais pesados, como o manganês, causam problemas neurológicos, febre e pneumonia; o mercúrio provoca lesão nos rins, tremores e paralisia; o chumbo destrói neurônios e causa perda de memória e convulsões, anemia, dores ósseas e abdominais.
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ANFE TAMINAS
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Benzedrina; dexedrina; remédios para emagrecer e “bolas”.
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Por via oral, em tabletes ou cápsulas; inalada, fumada ou injetada na veia.
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Em doses pequenas, os efeitos incluem diminuição do apetite, dilatação das pupilas, aumento dos batimentos cardíacos, da freqüência respiratória e da pressão sanguínea. Em doses maiores, pode causar secura na boca, febre, transpiração, dor de cabeça, visão desfocada, tontura, perda do sono e do apetite (o que pode levar à desnutrição). Doses maiores ainda provocam palidez, batimentos cardíacos ultra acelerados ou irregulares, tremores, perda da coordenação, irritação, ansiedade, paranóia, depressão, agressão, convulsões e até morte. As anfetaminas provocam dependência física.
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HERBAL/ EFEDRINA
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Elementos presentes em remédios para gripe, descongestionantes.
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Por via oral
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Aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial; pode levar à apoplexia; ataque cardíaco; convulsões e morte.
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ALUGINÓGENOS E OUTRAS DROGAS
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MACONHA
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Erva, haxixe, baseado, beck, marijuana.
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Pode ser fumada ou ingerida
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Aumenta os batimentos cardíacos, deixa os olhos vermelhos e a boca seca; prejudica a noção de tempo e espaço; afeta temporariamente a visão, prejudicando o mecanismo de rastreamento; prejudica a memória e a habilidade matemática. Pode causar ansiedade intensa, paranóia ou ataques de pânico, e desencadear processos psicóticos. Afeta a capacidade imunológica do organismo e, nos homens, diminui a produção de espermatozóides. Causa dependência psíquica.
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TABACO
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Fumo
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Cigarro; charuto; cachimbo; cigarrilhas e toda a forma de fumar e inalar tabaco. Pode ser cheirado (rapé).
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Dependência (vício); moléstias cardíacas e cardiovasculares. Câncer de boca, laringe, faringe, estômago, pâncreas e rins; enfisema e bronquite crônica.
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LSD
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Ácido Lisérgico Diethylamídico
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Tabletes tomados oralmente, ou em forma líquida (gelatinosa) colocado sobre os olhos.
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Causa elevação da temperatura do corpo e pressão do sangue; perda de apetite; sonolência e tremores. Pode provocar alucinações crônicas e desencadear processos psicóticos.
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HEROÍNA
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Cavalo; açúcar mascavo; dopa.
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Injetada, fumada ou inalada.
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Deixa o usuário com a fala arrastada e as pupilas contraídas. Prejudica a visão noturna e pode causar vômitos (após o primeiro uso ou quando consumida em altas doses). Piora o desempenho sexual e diminui o interesse por sexo. Deixa a respiração difícil e arfante; a pele fica inchada e seca. Em altas doses, a heroína provoca a perda dos sentidos e morte por overdose. Causa dependência de forma extremamente rápida.
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PCP (FENCI CLIDINA)
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Pó de anjo; ozônio; combustível de foguete; pílula da paz; tranqüilizador de elefantes.
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Por via oral, inalado, fumado ou injetado.
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Causa alucinações e atrapalha a coordenação motora. O usuário perde temporariamente a capacidade de sentir dor física; pode sofrer depressão, ansiedade, desorientação, medo, pânico e paranóia. Fica com o comportamento agressivo e violento. A droga pode causar ataques respiratórios.
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COGUMELOS
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Psilocibina
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Comidos, bebidos dissolvidos em chás.
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Causa aumento da pressão arterial, perda de líquido no corpo, náuseas e alucinações.
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KETAMINA
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Special K (anestésico para cavalos)
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Bebida
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Causa sonolência, taquicardia, confusão mental, perda de contato com a realidade e alucinações. Afeta as funções vitais do cérebro, sistemas respiratório e cardíaco. Associada ao álcool pode levar a parada respiratória e morte.
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ANTI- COLI NÉRGICOS
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Chá de lírio; trombeteno; saia branca; medicamentos para doença de Parkinson (Arineton, Artane,...)
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Por via oral, chás ou engolindo vários comprimidos.
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Causam confusão mental; delírios; alucinações que podem durar várias horas ou até dias; febre; ruptura da pele; aceleração dos batimentos cardíacos.
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No rol dos grandes assassinatos na história da humanidade, nenhum elemento causou mais medo e ansiedade do que os venenos, responsáveis por crimes anônimos, com suas substâncias muitas vezes indetectáveis. Nesta lista, vamos conhecer os 10 venenos mais letais da história.
O medo dos venenos era tamanho que, na Roma Antiga, havia uma “profissão” chamada pregustador, alguém responsável por ingerir alimentos ou bebidas antes de nobres e monarcas. Assim, era possível antecipar uma tentativa de envenenamento. Saiba mais na lista abaixo
Esta lista foi extraída e adaptada do Listverse.
1- Cicuta
Sócrates ingere cicuta, gravura de 1907
A cicuta é uma planta altamente tóxica encontrada na Europa e África do Sul. Foi um veneno popular entre os gregos antigos, que a usavam para matar seus prisioneiros. Para um adulto, a ingestão de 100 mg de cicuta (ou cerca de 8 folhas da planta) é fatal. A morte vem na forma de paralisia, a mente fica em alerta, mas o corpo não responde e, eventualmente, o sistema respiratório é desligado. Provavelmente, o envenenamento por cicuta mais famoso é o do filósofo grego Sócrates. Condenado à morte em 399 a.C., ele recebeu uma infusão muito concentrada de cicuta.
2- Acônito
O poderoso veneno acônito causa asfixia, uma vez que provoca uma arritmia cardíaca que leva à sufocação. A intoxicação pode ocorrer mesmo depois de tocar as folhas da planta sem o uso de luvas, pois ela rápida e facilmente absorvida. Devido à dificuldade de identificar o veneno no organismo, foi muito utilizado em crimes anônimos. Uma vítima famosa do acônito foi o imperador Cláudio, que disse ter sido envenenado por sua mulher, Agripina, que despejou acônito em um prato de cogumelos.
3- Beladona
Beladona era um dos venenos favoritos das madames! O nome desta planta significa mulher bonita, na língua italiana. Isso porque ele foi usado na Idade Média para fins cosméticos – diluído e aplicado nos olhos, dilatava as pupilas, tornando as mulheres mais atraemtes. Além disso, esfregando na bochecha, deixava-a mais corada, como um rubor. Esta planta parece inocente mas, se ingerida uma única folha, é extremamente letal e é por isso que foi usado para envenenar ponta de flechas. Os frutos desta planta são ainda mais letais que as folhas.
4- Dimetilmercúrio
O dimetilmercúrio é um assassino lento criado pelo ser humano! A absorção de pequenas doses, como 0,1 ml, provaram ser fatais, mas os sintomas pode surgir apenas depois de meses, tornando impossíve qualquer tipo de tratamento. Em 1996, um professor de química no Dartmouth College, em New Hampshire, derramou uma gota ou duas de veneno em sua mão com luvas. Os sintomas apareceram após quatro meses e, dez meses depois, ele morreu.
5- Tetrodotoxina
Vítima de tetrodotoxina, origem desconhecida
A tetrodotoxina é uma substância que pode ser encontrada em duas criaturas marinhas – o polvo de anéis azuis e o peixe baiacu. No entanto, o polvo é o mais perigoso, porque pode injetar seu veneno, matando em poucos minutos. Ele carrega veneno suficiente para matar 26 humanos adultos dentro de minutos e as mordidas são indolores. O baiacu, por sua vez, só é letal se ingerido, mas o veneno pode ser retirado do peixe. A tetrodotoxina proveniente do baiacu também é usada em rituais de vodu no Haiti, para a criação de zumbis.
6- Polônio
O polônio é um veneno radioativo, um assassino lento sem cura. Um grama de polônio vaporizado pode matar cerca de 1,5 milhão de pessoas, em poucos meses. O elemento foi descoberto por Marie Curie e Pierre Curie, em 1898, sendo mais tarde renomeado para polônio em homenagem à Polônia, país natal de Marie. O caso mais famoso de envenenamento por polônio é o do ex-espião russo Alexander Litvinenko, ocorrido em 2006. O veneno foi encontrado em sua xícara de chá – uma dose 200 vezes maior do que a dose média letal. Ele morreu em três semanas.
7- Mercúrio
Cientistas pesquisando os restos mortais de Brahe
Existem três formas de mercúrio, que são extremamente perigosos. O mercúrio elementar, que podemos encontrar em termômetros, não é prejudicial se tocado, mas letal se inalado. O mercúrio inorgânico, usado para fazer as baterias, é letal apenas quando ingerido. E, finalmente, o mercúrio orgânico, encontrado em peixes, como o atum e peixe-espada, podem ser potencialmente fatais se ingerido em grandes quantidades. Uma morte causada pelo mercúrio famoso é o de Amadeus Mozart, que recebeu pílulas de mercúrio para tratar a sífilis. Outra personalidade que pode ter morrido vítima do mercúrio foi o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, falecido em 1601.
8- Cianeto
O cianeto, apesar de ser um veneno poderoso, é extremamente popular. Ele encontra-se em uma grande variedade de substâncias, como amêndoas, sementes de maçã, semente de damasco, fumo de tabaco, inseticidas, pesticidas, etc. Como veneno letal, era utilizado na forma de cianureto por oficiais nazistas suicidas, dentre eles Hitler. Uma dose fatal de cianeto é de 1,5 mg por quilograma de peso corporal. Dependendo da dose, a morte ocorre dentro de 1 a 15 minutos. Na sua forma gasosa – cianeto de hidrogênio – foi o agente utilizado pela Alemanha nazista para assassinatos em massa em câmaras de gás, durante o Holocausto.
9- Toxina Botulímica
A toxina botulínica provoca o botulismo, uma doença fatal se não for tratada imediatamente. Esta toxina causa paralisia muscular, o que leva à paralisia do sistema respiratório e, consequentemente, à morte. A bactéria entra no organismo através de feridas abertas ou pela ingestão de alimentos contaminados, como conservas não-industrializadas. Vale dizer, também, que a toxina botulínica é a mesma substância usada em injeções de Botox.
10- Arsênico
O arsênico já foi chamado de “rei dos venenos”, por sua discrição e potência – era praticamente indetectável, por isso foi muitas vezes usado em crimes anônimos. Mas isso até a criação do teste Marsh, que veio para evidenciar a presença deste veneno na água, alimentos e similares. O rei dos venenos tomou muitas vidas famosos: Napoleão Bonaparte, George, o terceiro, da Inglaterra e Simon Bolívar, para citar alguns. O arsênico, como a beladona, era utilizado pelos vitorianos por razões cosméticas. Um par de gotas do material deixava a pele rosada.