Existe algo associado às orquídeas que faz com que estas plantas sejam tratadas de uma forma especial. Com efeito, poucas flores conseguiram, aos nossos olhos, adquirir tanta beleza e complexidade como as das orquídeas, e esta característica não é só de algumas, espalha-se por vários milhares de espécies, ou não fossem as orquídeas a maior família de plantas. A estimativa mais conservadora do número de espécies de orquídeas aponta para 17000, mas números tão altos como 25000 são normalmente referidos. Claro que esta disparidade não se deve ao desconhecimento das espécies mas sim ao modo como elas são classificadas, que depende da perspectiva de cada autor sobre onde colocar os limites entre espécies diferentes.
Em termos botânicos, as orquídeas constituem a família Orchidaceae, uma família bastante homogénea, que só recentemente, devido a estudos moleculares, viu separados alguns dos seus géneros em pequenas famílias independentes. Sem entrar em pormenores demasiado técnicos, a família caracteriza-se por ter flores sempre com 3 sépalas e 3 pétalas (ocasionalmente podem ser muito semelhantes entre si), uma das quais se encontra modificada, sendo bastante diferente das restantes em forma, tamanho, padrões e cores. Esta pétala chama-se labelo e está, quando a flor está aberta, na posição inferior. É o labelo que é o principal responsável pelos complexos mecanismos de polinização que a seu tempo falaremos. A característica única da família, contudo, é o modo como os órgãos sexuais da flor estão arranjados: não existem estames nem estigmas normais, individualizados, como estamos habituados a ver nas outras flores. Aqui o estame é só um e está fundido com o estilete e o estigma numa estrutura complexa. O pólen é também muito especial pois está aglomerado em duas grandes massas – as polinídias – as quais se destacam como um todo, ao invés da maioria das plantas, que liberta os seus grãos de pólen soltos ou no máximo em aglomerados de pequena dimensão. Esta característica só acontece em mais uma família em todo o Reino Vegetal – as Asclepiadaceae. No entanto, para não variar, há excepções a todas estas regras gerais, pois nem todas as orquídeas apresentam estas várias características.
Em resumo e com alguma segurança, para se reconhecer uma orquídea temos basicamente que procurar os estames: se não se vêem estames individualizados, é muito provavelmente uma orquídea.
As orquídeas no mundo.
As Orchidaceae são uma família que existe em todo o mundo (inclusivamente nas regiões polares!), mas com uma diversidade incrivelmente mais elevada nos trópicos. É também nos trópicos que vivem aquelas mais exuberantes, mas não se pense que na velha Europa e em Portugal não existem orquídeas igualmente bizarras, ainda que com flores de dimensões mais modestas.
As orquídeas são geralmente herbáceas, por vezes de caules lenhosos mas nunca apresentando crescimento secundário (crescimento em diâmetro como as árvores), e adaptaram-se principalmente a dois grandes estilos de vida muito diferentes. Nas zonas de clima temperado são plantas terrestres com raízes tuberosas ou rizomas. Todos os anos têm um período de crescimento no qual desenvolvem uma parte aérea nova que alterna com um estádio de dormência, na qual ficam reduzidas aos tubérculos ou rizomas. Nas regiões tropicais, em ambiente florestal, contudo, a grande maioria das orquídeas são plantas epífitas, ou seja, desenvolvem-se sobre os ramos das árvores; e possuem então a parte aérea perene. A estratégia de vida das plantas epífitas aparece em muitas famílias, mas as orquídeas fizeram um uso muito extenso dela e, com efeito, na generalidade, a maior parte das plantas epífitas que se vêem numa floresta tropical são orquídeas. Estas orquídeas são as geralmente cultivadas para fins ornamentais, e incluem géneros como Vanda, Cattleya, Dendrobium, Phalaenopsis, Miltonia, Oncidium… Naturalmente também existem orquídeas tropicais terrestres, algumas das quais também cultivadas, como os sapatinhos – Paphiopedilum, Phragmipedium – e os Cymbidium.
Algumas orquídeas tropicais são lianóides, isto é, trepadeiras perenes, que podem atingir grandes dimensões. O caso mais conhecido é mesmo a orquídea que produz a baunilha – Vanilla planifolia – uma orquídea trepadora oriunda da América central, mas agora cultivada em todas as regiões tropicais do mundo. Apesar de ser trepadora, não deixa de ter um hábito epífito, pois as raízes seguram-se nas árvores que lhe servem de suporte, acabando eventualmente por deixar a ligação ao solo.
Todas estas orquídeas epífitas têm um hábito muito característico moldado pela escassez de água que se faz sentir lá em cima, nos ramos das árvores – elas têm de capturar e armazenar a água da chuva pois, se não o fizerem, toda a água se perderá escorrendo para o solo. Assim, possuem raízes muito grossas com uma textura de esponja, especializadas na absorção rápida de água; folhas muito duras, coriáceas para evitar os efeitos da dissecação; uma camada de cera impermeabilizante para minimizar a perda de água e estruturas especializadas no armazenamento de água semelhantes a bolbos – chamadas pseudobolbos – onde se inserem as folhas; isto para além de adaptações fisiológicas do metabolismo. Estas características tornam as orquídeas epífitas plantas muito robustas que raramente se queixam de alguma coisa, excepto o excesso de água quando cultivadas.
Algumas orquídeas epífitas desenvolveram uma característica muito curiosa: transferir a função fotossintética das folhas para as raízes e abdicar completamente da produção de folhas! Tal é possível pois estando as raízes sobre os ramos, estão sempre expostas à luz. Diversas espécies são, neste caso, apenas um emaranhado confuso de raízes, aparentemente sem caules, emitindo na devida altura do ano as tipicamente belas flores. O caso mais emblemático é a rara e ameaçada orquídea-fantasma (Polyrrhiza lindenii) que habita nos Everglades, na Florida. Outras espécies não foram tão drásticas e limitaram-se a perder as folhas, sendo o caule o órgão fotossintético, como é o caso de algumas espécies de Vanilla.
A simbiose.
Porém, as orquídeas possuem outras características ainda mais estranhas e fantásticas. Elas possuem um parceiro invisível nas raízes, um fungo que vive em simbiose com elas, constituindo o conjunto o que se chama “micorriza”. Existem micorrizas na maior parte das plantas que conhecemos, fornecendo o fungo à planta os nutrientes que ele produz e a planta retribuindo com hidratos de carbono que produz por fotossíntese. Nas plantas em geral a associação com o fungo é facultativa, sendo certo que uma planta micorrizada tem sempre uma grande vantagem perante “a sua irmã” não micorrizada, pois o fungo ligado às raízes fornece nutrientes em que o solo é pobre. As micorrizas são particularmente abundantes e importantes nos meios florestais, por exemplo, nos nossos sobreirais, onde o sobreiro é bastante mais saudável e resistente a doenças quando está associado às várias espécies de fungos.
Mas as orquídeas têm a particularidade de estarem totalmente dependentes do fungo. Nelas esta associação é levada ao extremo porque as suas sementes não têm substâncias de reserva (são apenas um embrião envolvido por um tegumento) e, por isso, a jovem plântula morre antes de conseguir desenvolver ela própria cloroplastos e toda a maquinaria de produção de nutrientes própria dos organismos autotróficos. Nesta primeira fase da sua vida os nutrientes são fornecidos pelo fungo. Sementes tão simples têm uma vantagem óbvia: a possibilidade de serem produzidas em quantidades astronómicas, pois requerem muito pouco investimento energético. Estas sementes são minúsculas, comparáveis em tamanho a alguns esporos, dispersando-se muito facilmente. Claro que, em contrapartida, existe a dificuldade de conjugar todas as condições para a semente germinar. Se o local onde a semente cai não possui o fungo específico, não há germinação com sucesso. E para que haja uma comunidade de fungos que seja capaz de suportar as orquídeas é preciso que haja um equilíbrio do ecossistema que facilmente pode ser destruído pelo homem, por exemplo, pela perturbação mecânica do solo ou pela introdução de químicos tóxicos. Para completar o cenário, o cultivo das orquídeas é assim dificultado pois têm de ser reproduzidas formas alternativas: vegetativamente pelos tubérculos ou porções da planta, ou através de sementes em laboratório em meios de cultura que fornecem os nutrientes necessários para que ocorra o desenvolvimento normal da jovem planta (o que não é possível fazer para todas as espécies). Claro que, em última análise, são as orquídeas que sofrem, pois são muitas vezes tiradas do seu habitat natural para cultivo, já que os métodos de cultura de tecidos não estão acessíveis a todos; e, para piorar a situação, elas geralmente não sobrevivem mais do que poucos anos, uma vez que quando tiradas do seu meio e postas num vaso, perdem o seu parceiro micorrízico, o que dificulta muito a sua manutenção.
Na generalidade das orquídeas esta ligação ao fungo é apenas estritamente obrigatória no início de vida, contudo, algumas espécies muito particulares estão totalmente dependentes dele durante toda a vida. São plantas que não têm clorofila, logo, não captam a energia solar, tirando toda a sua energia do fungo, na forma de hidratos de carbono – são mico-heterotróficas. Não é muito claro o estatuto de cada parceiro nesta relação, isto é, o que é que cada um dá e recebe, e onde é que o fungo vai buscar os nutrientes para dar à orquídea. Parece ser um misto: a orquídea recebe, por via do fungo, nutrientes vindos da decomposição da matéria orgânica levada a cabo pelo fungo, e nutrientes “roubados” pelo fungo a outros parceiros “simbióticos” ao qual ele está ligado, nomeadamente árvores como o sobreiro. Claro que os benefícios que o fungo traz à árvore compensam bastante este quinhão que a orquídea reclama. Mas o que é que uma orquídea que não fotossintetiza dá ao fungo? Nada, tanto quanto se sabe. Por muito estranho que possa parecer, a orquídea está a parasitar o fungo! E assim, indirectamente a parasitar outras plantas às quais ele se liga. Esta estratégia, a mico-heterotrofia, parece ser mais comum nas orquídeas do que se pensa, e alguns investigadores defendem que mesmo as orquídeas “normais”, durante o seu estado adulto, se alimentam parcialmente por mico-heterotrofia.
Em Portugal existem três espécies de orquídeas totalmente mico-heterotróficas, o género Limodorum, com duas espécies que ocorrem em sobreirais e pinhais bem conservados; e Neottia nidus-avis, muito rara em Portugal, habitante de bosques caducifólios.
Esta situação, que já é fantástica, atinge o seu extremo num género de orquídeas australianas, Rhizanthella. Estas plantas são mico-heterotróficas à semelhança de Limodorum, mas completam todo o seu ciclo de vida sem nunca emergir da terra, nem mesmo a flor! Estas são polinizadas por formigas e pequenos mosquitos que, atraídos pelo odor intenso, se infiltram na manta morta em busca das flores.
As flores.
E porque as orquídeas possuem flores tão estranhas? A verdade é que tal como existe uma relação tão estreita entre a orquídea e o fungo, existe também uma relação estreita com os polinizadores, regra geral, tão mais estreita quanto bizarra é a flor. Boa parte das orquídeas têm polinizadores específicos e muitas têm também o hábito de os enganar, prometendo-lhes coisas que não lhes dão. A história da polinização no género Ophrys é sobejamente conhecida, mas resume-se aqui para ilustrar o ponto a que chegam os estratagemas das orquídeas.
O género Ophrys possui algumas dezenas de espécies cujo centro de diversificação é a bacia do mediterrâneo. Em Portugal existem cerca de 10 espécies deste género. As flores destas plantas têm um aspecto bastante bizarro pois o seu objectivo é imitar a fêmea de um determinado insecto para que os machos sejam enganados, indo tentar copular com a flor! Durante o processo, que é rápido, o insecto leva consigo as polinídias que ficam coladas à sua cabeça ou abdómen através de um pequeno pedúnculo. Simultaneamente, se já trouxer polinídias de outra flor, estas vão-se desagregando, à medida que tocam no estigma. A flor, para além de imitar a morfologia, a cor e a pilosidade do corpo de um insecto fêmea, imita também o seu odor através de substâncias semelhantes às hormonas sexuais do insecto. Uma vantagem deste esquema é que dispensa a produção de néctar, um produto muito caro em termos energéticos e nem sempre bem sucedido, pois diversos insectos assaltam o néctar das flores sem as polinizarem, por vezes danificando-as, o que não acontece aqui. A taxa de sucesso é, pois, mais elevada, mas, como em tudo, a alta especificidade tem um preço, pois se por alguma razão a espécie de insecto que a orquídea imita deixa de habitar o local (por extinção por exemplo), estas orquídeas, não têm alternativas e deixam de produzir sementes.
Na Austrália existem também exemplos fascinantes de orquídeas cuja polinização é conseguida por engano sexual (ex. Drakaea glyptodon). Outros comportamentos fora do normal são também, por exemplo, Epidendrum radicans e Disperis capensis, orquídeas cuja flor imita a flor de outras plantas que se desenvolvem no mesmo habitat, em todos os aspectos excepto na presença de néctar – estas espécies não o têm – pelo que beneficiam dos mesmos polinizadores sem lhes dar nada em troca.
Outras orquídeas constroem armadilhas em que os insectos, uma vez capturados, para conseguirem sair da flor necessariamente levam o pólen, devido à morfologia intrincada do labirinto que a planta constrói. Por vezes, algumas possuem um néctar ligeiramente tóxico para os insectos que os “embebeda”, o que leva a um maior tempo de permanência do insecto nas flores. E podíamos assim prosseguir falando de cada caso em particular, mas já assim se percebe que as orquídeas investiram muito da sua evolução na arquitectura da flor e exploraram o tema da polinização ao máximo.
Com tudo o que já foi dito, já se percebeu que as orquídeas são plantas bastante sensíveis à alteração dos habitats, principalmente aquelas que vivem lado a lado com a ameaça que o homem constitui, como é o caso de todas as espécies portuguesas. Em seguida vamos conhecer um pouco das nossas espécies.
As orquídeas em Portugal.
No nosso país existem cerca de 50 espécies de orquídeas, que habitam os mais variados sítios, por todo o país. Não se pode dizer que exista alguma espécie endémica de Portugal continental, embora seja por pouco: Ophrys algarvensis, recentemente descrita como nova espécie, existe sobretudo no Algarve, mas também foram encontradas algumas populações na Andaluzia; semelhante situação se passa com Ophrys vernixia.
Em contrapartida, as nossas ilhas possuem várias espécies endémicas. Na Madeira, apesar de só existirem três espécies de orquídeas nativas, são todas endémicas. O caso mais paradigmático é Goodyera macrophylla, uma planta raríssima, que apenas sobrevive num local muito restrito da ilha, podendo facilmente extinguir-se se houver alguma perturbação no sítio.
Façamos uma viagem pelos géneros mais comuns de orquídeas existentes no continente.
Género Ophrys
Este género foi já referido acima por causa do modo de polinização. São plantas pequenas, que habitam quase sempre calcários, e possuem flores solitárias ou em número reduzido, sempre muito distintas e bizarras, como se pode ver nas fotos. É preciso alguma atenção para as encontrar, mas em qualquer zona calcária com relvados naturais, não perturbados pelo homem, podem ser encontradas várias espécies deste género.
Género Orchis (incluindo género Aceras)
Este género compreende plantas bastante mais vistosas que o anterior porque as flores são numerosas e estão dispostas em cachos mais ou menos densos, embora com flores sejam mais pequenas e mais “convencionais”. A generalidade das espécies, com excepção de Orchis italica, é pouco comum, mas aparecem em vários tipos de habitat e de solo, ao contrário de Ophrys, por vezes em sítios tão inóspitos como estevais.
Estrutura das Orquídeas |
ESTRUTURA DE UMA ORQUÍDEA. A orquídea, de maneira geral apresenta a seguinte estrutura.
RAIZES. A raiz é um orgão vegetativo que apresenta como característica fundamental, não ser segmentado em nós e entrenós, consequentemente não possui gemas, sendo, portanto, incapaz de formar folhas, ramos e flores. Tipicamente é encontrado abaixo da superfície do solo, com exceção de espécies aquáticas, epífitas e parasitas, Geralmente são aclorofilados, excetuando-se algumas expécies com raízes aéreas quando se desenvolvem na presença da luz. São dotados de geotropismo positivo, com exceção das raízes peneumatóforos, que apresentam crescimento voltado para a superfície do solo. Apresentam forma cilíndrica e tem crescimento subterminal ou subapical. Possui como principais funções:
As raízes das orquídeas são bastante particulares, pois estão cobertas por um tecido que atua com uma esponja, conhecido com velame. Este tecido se estende ao longo de toda a raiz. Até a coifa e tem como função o aumento da superfície de absorção de águas e nutrientes. Essas raízes são fasciculadas e surgem ao longo de todo o rizoma, possuindo quase sempre uma extremidade com coloração esverdeada conhecida como coifa. As raízes possuem também a função da realização da fotossíntese e a manutenção de uma relação simbiótica com uma Micorriza (fungo), a qual auxilia de forma direta a nutrição da planta. As raízes podem ser aéreas (epífitas), para melhorar a sua oxigenação, ou subterrâneas, no caso das terrestres e rupestres. As raízes aumentam de tamanho, através do crescimento de uma área que fica localizada nas suas extremidades (ponta da raiz). Esta extremidade é conhecida como meristema apical. “CULTIVAR ORQUIDEAS É CULTIVAR RAIZES”.
CAULE/RIZOMA. O caule é um orgão vegetativo que apresenta como característica fundamental, ser segmentado em nós e entrenós, apresentando gemas, ramos, folhas, flores e frutos. Geralmente de geotropismo negativo e fototropismo positivo, sendo portanto, a porção ascendente e quase sempre aérea do eixo da planta. Na maioria das espécies, quando jovens clorofilados, mas, à medida que envelhecem, essa se degrada e se tornam aclorofilados, tendo outras tonalidades devida à impregnação dos tecidos com outras substâncias, Exceto os caules herbáceos, os quais são sempre clorofilados.
Tem como principais funções:
Os rizomas são caules modificados e pouco perceptíveis. Em algumas espécies, como as do gênero Vanda, não há existência de rizoma, mas sim de uma haste. É do rizoma que se inicia o desenvolvimento das brotações, dos pseudobulbos e do sistema radicular. As orquídeas consideradas terrestres é quase inexistente o rizoma. Nas epífitas o rizoma é o verdadeiro caule das orquídeas.
PSEUDOBULBO. Os pseudobulbos são estruturas que possuem normalmente a forma globulosa, onde as orquídeas armazenam água e nutrientes para a sua sobrevivência. Os mesmos podem possuir tamanhos e formas variadas e em alguns gêneros, comoPhalaenopsis, Vanda, Epidendrum, Arundina, não há existência dos pseudobulbos.
Tipos de Pseudobulbos:
BAINHA. A parte externa e inferior do pseudobulbo é protegida por uma membrana paleácea, designada de bainha, quando nova é verde e que seca com o tempo, tendo como função proteger as gemas e partes novas da planta contra raios solares mais fortes e dos insetos daninhos que poderão atacar os pseudobulbos tenros.
FOLHA. As folhas são orgãos vegetativos, smepre clorofilados, que apresenta formas e estruturas bastante variadas, Geralmente tem aspecto laminar, simetria bilateral e crescimento limitado, com exceção. Surgem a partir das gemas, se prendendo à planta nos nós do caule ou dos ramos e apresenta gema na axilia, É um orgão aéreo, excetuando-se as folhas submerdas de plantas aquáticas. São orgãos especializados na realização da fotossíntesse, respiração e transpiração, além da condução e distribuição da seiva. Em algumas espécies epifitas, as folhas estão adaptadas como orgãos sugadores (escamas ou pêlos absorventes) ou absorvente (ascídio). As folhas nas orquídeas são quase sempre de forma alongadas, inseridas no ápice do pseudobulbo ou ao longo da haste. As mesmas possuem coloração verde, tendo a responsabilidade da elaboração da fotossíntese. Existem folhas laminadas de consistência coriácea, que armazenam água. Outras apresentam folhas finas, bastante sensíveis. Ainda pode-se encontrar orquídeas que possuem folhas caducas e caem quando o pseudobulbo completa seu ciclo vegetativo. Isto acontece porque a planta se defende do excesso de transpiração, evitando perda de água e, conseqüentemente, criando resistência à seca.
Tipos de Folhas encontradas nas Orquídeas:
ESPATA. É considerada como sendo uma folha modificada, também conhecida como bráctea, sua função e na proteção dos botões florais. Presente em algumas espécies e é onde se originam as flores das orquídeas. Ocorre geralmente nas Cattleyas e Laelias.
FRUTO (Cápsulas) e Sementes. Fruto é o orgão repordutivo formado pelo desenvolvimento do gienceu após ter sido fecundado e ou pelo desenvolvimento de gineceu partenocárpio (fenômeno pelo qual se forma frutos sem prévia fecundação, consequentemente os rudimentos seminais, não se transformam em sementes ou formam sementes estéreis). Logo após a fecundação dos óvulo (s), este se desenvolve e se constitui na semente, enquando que ovário (s), hipertrofia-se dando origem ao pericarpo, que passa por diversas fase denominadas fase de amadurecimento. Nem todos os elementos componentes do ovário, estarão obrigatoriamente no fruto amadurecido, depende da fisiologia do amadurecimento. O tamanho, formas e cores de um fruto também são bastante variáveis. O fruto tem como funções principais a proteção da semente e a sua dispersão. As orquídeas produzem frutos capsulares, também conhecidos como cápsulas. Eles podem ser grandes ou pequenos, o que vai depender do tamanho da planta. O fruto encerra seu desenvolvimento entre três e doze meses, tendo como média nove meses após a fecundação dos óvulos no ovário, quando maduros, abrem-se em três fendas, permanecendo ligadas na base e liberando as sementes.
Sementes. Semente é o elemento formado pelo último estádio de um rudimento seminal (óvulo) fecundado e plenamente desenvolvido, cuja função é basicamente de reprodução de Fanerogamas. Uma única cápsula pode conter entre 350.000 e 550.000 sementes. Apesar do altíssimo número de sementes produzidas por uma cápsula, no habitat natural poucas (em torno de 2% a 5%) ou nenhuma, germinam, uma vez que elas não possuem, como outras plantas, o tecido de reserva nutritiva (endosperma) para iniciar a germinação. As sementes de orquídeas são extremamente diminutas, medindo em média 0,015 mm de comprimento e 0,009 mm de diâmetro, possuindo aspecto de pó.
INFLORESCÊNCIA.
Inflorescência é o agrupamento das flores, sendo constituida por todo sistema de ramificação que resulta em mais de uma flor, ou seja, quando são inseridas mais de uma flor num mesmo pedúnculo. Neste caso, o pendúnculo pode serr também denominado de ráwuis ou raque.
Podendo ser assim classificado:
Quanto à origem.
Quanto à forma.
FLORES
A flor é um conjunto de folhas modificadas, oriundas de metamorfoses, que constitui os antófilos, apresenta crescimento limitado e contêm as estruturas responsáveis pela reprodução sexuada das plantas. Apresentam morfologia bastante variada, mas constante, sendo utilizada para caracterizar as famílias e as espécies. A flor se forma no vegetal somente quando atinge seu estado adulto e em épocas específicas, de acordo com cada espécie, contudo, em algumas plantas pode variar em função das condições climáticas e situação geográfica. As orquídeas são identificadas, quanto ao gênero e a espécie, pelas suas flores. Em sua grande maioria são hermafroditas (bissexuadas), e apresentam-se isoladamente ou em inflorescências que podem ser do tipo Espiga, Racemo ou Cacho.
A orquídea pode ser considerada uma flor completa, pois possuí quatro partes, assim descritas:
A flor típica de uma orquídea é trímera, isto é, possuí:
ORGÃO REPRODUTOR. O órgão reprodutor de uma orquídea hermafrodita é constituído de cinco partes: Coluna ou Ginostêmio, Antera, Rostelo, Estigma e Ovário.
Coluna ou Ginostêmio.
Antera.
Rostelo.
Estigma.
Ovário.
Germinação. As sementes de orquídeas não possuem um tecido de reserva para nutrir o seu embrião nas primeiras etapas de seu desenvolvimento. No meio natural, a sua semente necessita estabelecer simbiose com o fungo micorriza para que o início efetivo da germinação aconteça. O fungo então invade a semente e com o seu desenvolvimento e degeneração acelerada fornece nutrientes ao embrião poder se desenvolver. Mais adiante com a formação das raízes o fungo micorriza passa a viver de forma definitiva em simbiose com a planta. |
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