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Ame com tanta intensidade a ponto de não perceber que ame.

Sonhe com aquilo que desejas, até que  se torne  real.

Acredite em voce, mais que qualquer outra pessoa.

Nunca desista antes de esgotar todas as possibilidades.

Seja insistente e persistente, até que consiga atingir sua meta.

Não deixe que os fracassados sejam seus conselheiros.

Ainda que seu pai ou sua mãe não acredite em voce, continue crendo.

Os vencedores são aqueles que estudam, planejam antes de iniciar qualquer empreitada.

Lembre-se: começar é o primeiro passo.

Não basta acordar, é preciso levantar e caminhar.

Muitas pessoas só acendem na vida apòs a morte de seus conselheiros.

Creia em voce, em seus ideais,sua capacidade. Ainda que pareça impossivel.

Acredite! Não há impossivel para aqueles que trabalham com inteligencia e acreditam em seus ideais.

Sua história será escrita  com o passar dos anos.

Ao túmulo, apenas seguem nosso corpo e nossa história.

Apesar disso faça o que precisa ser feito.

Voce deve ser o autor de sua história.

Poeta Dantas

Coisas que não são coisas.

Entre as coisas mais belas, Vistas como paisagem, está a mulher.

Entre muitas coisas lindas vistas como novidade, está a criança

Uma coisa chama outra e gera outras coisas cada vez mais importantes.

Muitas coisas não são coisas, são apenas maravilhas

Maravilhas naturais, criadas para embelezar o mundo.

Há no mundo muita coisa, que não deveria ser chamada de coisa,

São enfeites naturais, são belezas sem iguais, são frutos da engrenagem,

São ramos que entrelaçam, gerando a coisa maior,

A natureza é magnífica! Suas formas seus traços , suas linhas,

As divisas entre as coisas, são estreitas  e se confundem.

Entre alegria e tristeza, a pobreza e a riqueza,

A linha que divide a sombra e a luz, a sabedoria e a ignorância.

As coisas que mais intrigam, são apenas ilusões.

Alguém acha feio outro acha belo, alguém joga fora, outro ajunta,

Um morre para o outro viver. Um fica rico enquanto o outro empobrece.

Alguém prevê o que pode acontecer e aproveita a oportunidade, enquanto outro ignora.

Alguém planta flores e gosta apenas de dinheiro,

Alguém trabalha com dinheiro, mas gosta mesmo é de flores.

As coisas se dividem, se multiplicam e ao final se somam.

Depois se multiplicam, se somam e ao final se dividem.

Engraçado mesmo são os seres humanos, que se ajuntam, se acasalam, se multiplicam, se dividem e ao final se acabam.

Mas ainda acho bela a complexidade da natureza, entre esse universo imenso, e nós aqui acreditando que somos quem pensamos ser.

 

Poeta Dantas

 

 

CRIANÇA FELIZ

 

SOU UMA CRIANÇA EDUCADA

SOU BONITA E BEM AMADA

 NO ROSTO ME SOBRA SORRISO

E NO CORAÇÃO FALTA NADA

 

TENHO FLORES PRA DOAR

TENHO CARINHO SOBRANDO

TENHO VONTADE ABRAÇAR

EUCHEGO E VOU ABRAÇANDO

 

MEU NOME É ALEGRIA

MEU SOBRENOME FELICIDADE

 ACORDO FELIZ TODO DIA

SEMPRE  ESBANJANDO BONDADE

CRIANÇA FELIZ

 

SOU UMA CRIANÇA EDUCADA

SOU BONITA E BEM AMADA

 NO ROSTO ME SOBRA SORRISO

E NO CORAÇÃO FALTA NADA

 

TENHO FLORES PRA DOAR

TENHO CARINHO SOBRANDO

TENHO VONTADE ABRAÇAR

EUCHEGO E VOU ABRAÇANDO

 

MEU NOME É ALEGRIA

MEU SOBRENOME FELICIDADE

 ACORDO FELIZ TODO DIA

SEMPRE  ESBANJANDO BONDADE

CRIANÇA FELIZ

 

SOU UMA CRIANÇA EDUCADA

SOU BONITA E BEM AMADA

 NO ROSTO ME SOBRA SORRISO

E NO CORAÇÃO FALTA NADA

 

TENHO FLORES PRA DOAR

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MEU NOME É ALEGRIA

MEU SOBRENOME FELICIDADE

 ACORDO FELIZ TODO DIA

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SOU UMA CRIANÇA EDUCADA

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SEMPRE  ESBANJANDO BONDADE

 

 


DOENÇAS DAS PLANTAS
DOENÇAS DAS PLANTAS


CAQUI.

Doenças 
Mancha das folhas (Cercospora kaki), Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) e Galha da coroa (Agrobacterium tumefaciens).

Pragas 
Mosca-das-frutas (Anastrepha spp. e Ceratitis capitata), Lagarta do fruto (Hypocala andremona), Tripes (Heliothrips haemorrhoidalis) e Cochonilha (Pseudococcus comstocki).


 DOENÇAS DO ABACATEIRO

Controle de pragas

Segundo Donadio (1995) as pragas do abacateiro são muito mumerosas e englobam vários tipos de insetos, tais como, pulgões, trips, cochonilhas, lagartas, coleobrocas, cigarrinhas, formigas, besouros, e ácaros Todavia, poucas causam dano econômico e exigem controle. As principais pragas e o seu controle, conforme recomendado por Pizza e outros; e Campos de acordo com informações compiladas por Donadio (1995), são:

 

a) Ácaro das gemas florais: Tegolophus perseaflorae, ataca as gemas florais, e causa manchas amareladas e pálidas nas folhas, chegando a derruba-las. Seu controle é feito com defensivo a base de enxofre. Deve-se pulverizar, tão logo se constate a presença  sua na base das inflorescências, mediante o uso de lentes de aumento. São semelhantes aos ácaros da ferrugem dos citros.

 

b) Besouros: besouro de Limeira (Sternocolapsis qualuordecimcostata) e o besouro amarelo (Cortgalimaita ferruginea) podem atacar as folhas novas do abacateiro e os seus frutos, danificando-os e causando sérios prejuízos. O controle pode ser feito com Fenitrotion, Malation, ou Triclorfon. A pulverização deve ser realizada ao se observar o ataque da praga.

 

c) Cochonilhas: são várias as espécies, entre elas Aspidiotkus destructos e Protopulvinaria longivalta, entre outras. Atacam brotos e folhas. Os inseticidas recomendados são Parathion etílico, e Parathion metílico. A pulverização deve ser realizada no início do ataque da praga. Deve-se acrescentar 1L de óleo mineral miscível a cada 100litros de calda inseticida. A operação deve ser repetida após 20 dias, se necessário.

 

d) Coleobrocas: as espécies Apate tenebransAcanthoderes jaspidea e Heilipus catagraphus são as principais. Atacam o tronco, ramos, e esporadicamente, os frutos. O controle é feito eliminando-se os ramos afetados.

 

e) Lagartas: as lagartas dos ramos e dos frutos são consideradas as pragas mais importantes para a cultura. A broca dos ramos (Mectafiella monogramma) causa danos  nos ramos  novos, que podem secar e morrer. A larva do fruto (Stenoma catenifer) penetra o fruto até o caroço podendo causar sua queda prematura ou danifica-lo, prejudicando-o para o consumo. O controle é feito com pulverizações dos inseticidas Fenitrotion, Malation ou Triclorfon, os quais não atingem a lagarta no interior do fruto.

 

 

7.11  Controle de doenças

Dentre as diversas doenças que podem acometer o abacateiro, as principais doenças de importância econômica e o seu controle são descritas a seguir, conforme Piccini & Pascholati (1997).

 

a) Gomose: causada por Phytophthora cinnamomi Rands, é também conhecida como podridão da raízes do abacateiro. Trata-se de uma das principais doenças da cultura, e pode ocorrer tanto em condições de campo quanto de viveiro. Os sintomas são o amarelecimento generalizado, seguido de queda das folhas, ocorrendo também a seca de ramos do ponteiro. Costuma ocorrer aumento na produção de frutos menores, antes da morte da planta. As raízes ficam descoloridas e necrosadas, enquanto as radicelas são quase  totalmente destruídas. Ocorre ainda, fendilhamento da casca e exudação de goma. A ocorrência da doença está associada à presença de umidade elevada no solo, e temperatura entre 21o.C e 30o. C. As medidas de controle incluem o uso de porta-enxertos tolerantes ao fungo; a aquisição de mudas de qualidade; a remoção de restos culturais; cuidado com balanço nutricional, evitando-se níveis elevados de N, pH alcalino e deficiência de Ca e P; evitar encharcamento do solo; evitar ferimentos na raízes ou tronco; e se a doença for detectada no início, usar fungicida. Neste caso, recomenda-se metalaxyl, via solo, ou fosetyl alumínio, via foliar.

 

b) Òídio: causado por Oidium perseae. Os sintomas são observados pelo aparecimento de pequenas machas esbranquiçadas e pulverulentas de formato circular localizadas na superfície superior da folha, e pequenas manchas cloróticas na face inferior. Posteriormente toda a folha fica branca e pulverulenta pelos esporos do fungo. As folhas afetadas necrosam e enrrugam-e ou deformam o limbo foliar, podendo ocorrer queda. A doença é favorecida por alta umidade relativa e temperaturas altas, mas tem o seu desenvolvimento prejudicado por chuvas constantes. O controle é feito mediante aplicação de fungicida à base de enxofre.

 

c) Verrugose: causada por Sphacelona perseae Jenkim. É também conhecida como sarna do abacatgeiro. Além de depreciar a aparência do fruto, pode provocar queda de frtos jovens, bem como o seu subdesenvolvimento.

 Os sintomas são observados nos frutos, através de pequenas pontuações eruptivas que aumentam e coalescem, porém a infecção não ultrapassa a casca. Nasa folhas também podem aparecer pontuações amarronzadas, podendo causar deformação e até mesmo rompimento do limbo foliar, com conseqüente redução da área fotossintética.

Como medida de controle, recomenda-se a utilização de variedades resistentes, além da aplicação de fungicidas cúpricos. Recomenda-se iniciar a aplicação, no caso dos frutos, quando pelo menos 2/3 das pétalas caírem, atém os frutos atingirem 5cm de diâmetro. Nas folhas, o controle deve ser feito semente no período de brotações, até que as mesmas atinjam 3cm de comprimento. Em viveiros de mudas, variedades da raça guatemalense, recomenda-se aplicações quinzenais de fungicidas cúpricos.

 

d) Cercosporiose: é causada por Cercospora purpúrea Cooke, Cercospora perseae Ellis & Martin. Os sintomas caracterizam-se por lesões ligeiramente deprimidas e irregulares, de coloração marrom e bordos definidos, nos frutos. Com o envelhecimento, essas lesões tendem a provocar fissuras, possibilitando o ataque de outros patógenos. Pode provocar a queda dos frutos e por conseqüência, elevada perda de produção. Nas folhas ocorrem lesões angulares de coloração marrom ou cinza, com halo clorótico, que tendem a coalescer e provocar o rasgamento do limbo foliar. Lesões no pedúnculo podem ocorrer e provocar a queda dos frutos. A sobrevivência do patógeno se dá através das infecções foliares, e a sua disseminação ocorre por via aérea. O pico da doença ocorre nos meses de junho e julho. Como medida de controle, recomenda-se o uso de variedades resistentes. O controle químico é difícil devido ao porte da plantas, e a inexistência de produtos eficientes, registrados para a cultura. E possível, no entanto, aplicação de cúpricos e de tiocarbamatos pouco antes da florada e logo após a queda de 2/3 da pétalas.

 

e) Antracnose: causada por Glomerella cingulata (Stanem) Spauld  & Schrenk (Colletotrichum gloeosporioides (Penz) Sacc). Afeta principalmente os frutos, podendo ocorrer nas folhas, flores e ramos, porém sem causar danos à cultura. A doença é caracterizada nas folhas por manchas necróticas de coloração escuros, com bordos definidos e formato irregular. Os sintomas nos frutos iniciam-se por pequenas pontuações de coloração marrom a preta, que tendem a evoluir, atingindo parte do fruto, ou necrosando-o completamente. O fungo necessita de água livre para que possa germinar e infectar a planta, sendo a temperatura ideal para o seu crescimento, 22 a 27o.C. Em frutos verdes não se desenvolve, vindo causar sintomas apenas após o amadurecimento. O controle está baseado principalmente no manejo correto da adubação e nas técnicas de manejo adequado. Recomenda-se a poda de limpeza e a queima de material doente. Deve-se evitar ferimentos nos frutos durante a colheita e pós-colheita, mantendo-se os pedúnculos nos frutos, que devem ser conservados em câmara fria sob concentrações adequadas de CO2.

O abacaxi é uma cultura que apresenta número elevado de pragas, que podem causar sérios prejuízos as plantas. Temos pragas que atacam a planta na região próxima do solo e/ou no seu interior, atacando suas raizes e outras que atacam a parte aérea. Como pragas podemos salientar as seguintes: broca do colo, cochonilha da raiz, cupins, formiga lava-pés, etc; na parte aérea temos: broca dos frutos, cochonilhas, percevejos e resinose.

DOENÇA DA MELANCIA

A antracnose, por exemplo, é causada pelo fungo Colletotrichum orbiculare (=Sin. C. lagenarium). Aparece inicialmente nas folhas, onde provoca manchas amarelas transparentes, que depois escurecem. Quando o ataque é severo, as folham ficam com o aspecto de queimadas. Nos frutos, as lesões são pequenas (até 1 cm de diâmetro) e deprimidas, normalmente cobertas por uma camada de esporos de coloração rosada. A doença é favorecida por temperatura e umidade altas.
 
Já a mancha-bacteriana é uma doença causada pela bactéria Acidovorax avenae subsp. citrulli, transmitida pela semente, que pode causar grandes perdas sob clima quente e úmido. Embora possa atacar as folhas, os sintomas mais característicos ocorrem nos frutos, onde provoca mancha encharcada na casca, que evolui para o interior do fruto, apodrecendo-o. A casca acima do tecido infectado fica ressecada e rendilhada.
 
Saindo das doenças fúngicas e bacterianas, os nematóides do gênero Meloidogyne são os mais destrutivos para a melancia. O ataque, por exemplo, da doença das galhas em raízes apresenta sintomas de diminuição no crescimento, deficiência de nutrientes, clorose nas folhas, murcha nas horas mais quentes do dia e produção de poucos frutos ou de frutos de pequeno tamanho. O sintoma característico do ataque por estes nematóides são percebidos nas raízes, as quais apresentam engrossamento irregular e galhas. Esta doença é favorecida por temperaturas altas e solos arenosos, com boa drenagem.

Quanto às viroses, existem pelo menos seis delas já relatadas infectando naturalmente plantios de melancia no país. A mancha anelar do mamoeiro, estirpe melancia, é uma delas. A doença é causada pelo Papaya ringspot virus – type watermelon – PRSV-w. Este vírus pode ser limitante à produção de melancia, principalmente, quando a infecção das plantas ocorre nos estádios iniciais de desenvolvimento. Plantas infectadas com PRSV-w exibem uma diversidade de sintomas como mosaico e malformação de folhas, além de ‘embolhamento’ e estreitamento da lâmina foliar, que fica reduzida às nervuras principais. Plantas afetadas pela doença apresentam também severo enfezamento. A doença é transmitida por afídeos, de maneira não persistente. O PRSV-w pertence à família Potyviridae, gênero Potyvirus. O vírus não é transmitido por sementes.
 
Para ler mais e conhecer outras doenças e ver as medidas de controle, a Embrapa Hortaliças produziu um documento técnico, que encontra-se disponível.

MELÃO

O sintoma mais importante dessa doença aparece nas ramas. No entanto, também podem ser visualizadas alterações nas folhas e nos frutos, quando a doença ocorre de forma mais severa. No início da doença é comum observar nas ramas, geralmente próximo ao solo, o aparecimento de pontos de aspecto aquoso e descoloridas. Também podem-se observar gotículas de exsudatos. Posteriormente, esta região torna-se escurecida por causa da presença das estruturas reprodutivas do patógeno que, na maioria das vezes, é acompanhada de exsudado gomoso de coloração marrom avermelhada (Figura 1). Em ataques mais severos pode ocorrer o murchamento das ramas. Os sintomas nos frutos caracterizam-se pela presença de podridões moles na região peduncular, que também pode vir acompanhada das frutificações do patógeno, principalmente na fase de pós-colheita. Nas folhas infectadas podem-se observar manchas circulares de coloração marrom-escura, rodeadas ou não por halo clorótico. Geralmente, a infecção foliar inicia nos bordos e cresce em direção à nervura central.

O crestamento gomso é causado pelo fungo Didymella brioniae, que tem várias sinonímias, tais como Mycosphaerella citrullina, M. melonis, Phoma cucurbitacearum, Ascochyta citrullina, A. melonis, etc. Este patógeno pode atacar várias cucurbitáceas, no entanto, os danos mais sérios são observados em melão e pepino.

Esse fungo sobrevive nas sementes, no solo e nos restos de cultura e se dissemina por meio de sementes, da água e de implementos agrícolas.

DOENÇAS DA ALFACE

As principais doenças que atacam a alface são: septoriose, cercosporiose, tombamento, podridão de Sclerotinia, podridão da saia, míldio, mancha bacteriana, vírus do mosaico.

DOENÇAS DO AMENDOIM

 

O amendoim (Arachis hypogaea L.), leguminosa originária da América do Sul, é cultivado nas mais variadas regiões tropicais do mundo, pela sua ampla adaptabilidade a uma grande diversidade de ambientes. No Brasil, São Paulo é o principal produtor, contribuindo com cerca de 70 a 80 % da produção nacional estimada em 120-150 mil toneladas anuais.

 

          As principais doenças que ocorrem na cultura podem causar a redução de 10% a mais de 50% na produção de vagens, quando medidas de controle não são utilizadas. Os principais problemas podem ocorrer tanto na fase de plantio, com as doenças de sementes e plântulas, como durante o desenvolvimento da cultura, com as doenças causadas por fungo do solo ou da parte aérea, e após a colheita, com fungos produtores de aflatoxina ou de grãos armazenados.

 

          Entre as várias doenças descritas nas diferentes regiões do mundo onde se cultiva o amendoim (cerca de 32 são causadas por fungos, 14 por vírus, uma por bactéria, além de 8 nematóides parasitas), algumas são de ocorrência esporádica ou podem aparecer sem contudo causar danos significativos, em nossas condições. Outras, como é o caso das doenças de sementes e plântulas, das cercosporioses, da verrugose e atualmente da ferrugem, exigem o uso medidas de controle para que o amendoim possa ser produzido comercialmente.

 

DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS DO SOLO

 

 

Doenças de sementes e plântulas.

 

          A germinação das sementes e as fases de pré-emergência, pós-emergência estão sujeitas à ação de vários fungos patogênicos levados pelas sementes (espécies de Aspergillus, Rhizopus e Penicillium) e fungos do solo (Rhizoctonia solani,espécies de Pythium e Fusarium).

 

          Na fase de pré-emergência, esses acarretam falhas na germinação por destruição de sementes e embriões em desenvolvimento, resultando em baixo "stand" inicial.

 

          Na pós-emergência são comuns os sintomas, conhecidos por "tombamento" ou "damping-off", caracterizados por lesões escuras e deprimidas que causam estrangulamento próximo ao colo, tombamento e morte da plântula. Sob condições de elevada umidade, a região do colo pode ser recoberta por um crescimento miceliano do fungo, de cor pardo-amarelado (Rhizoctonia solani) ou negro (Aspergillus niger).

 

          A Rhizoctoniose, causada por Rhizoctonia solani Kuhn, destaca-se como um dos mais importantes agentes causadores de doenças de pós-emergência este fungo de solo, embora este tipo de doença em amendoim também possa ser atribuído a outros patógenos como A. nigerFusarium spp., Rhizopus spp. e Pythium spp.

 

          R. solani é um fungo polífago, apresentando um grande número de hospedeiros, entre os quais várias plantas cultivadas, como alface, algodão, batata, café, cebola, feijão, repolho, soja, tomate, entre outras.

 

          O fungo pode invadir e destruir as sementes, que morrem antes da germinação, ou infectar plântulas causando o tombamento de pré ou pós-emergência, resultando em baixo estande inicial da cultura. No hipocótilo das plântulas, região mais comumente atacada, ocorre o desenvolvimento do micélio do fungo e a penetração em seus tecidos. Na emergência das plântulas infectadas o hipocótilo apresenta lesões alongadas marrom-escuro e deprimidas, que aumentando coalescem, causando a morte das mesmas.

 

          O fungo pode infectar, também, folhas, hastes e ginóforos, junto ao nível do solo, e vagens, que ficam enegrecidas, com sementes enrugadas e de coloração mais clara que o normal, ficando menos resistentes ao armazenamento.

 

          Pelo fato de ocorrer simultaneamente com outras doenças de solo e da parte aérea, torna-se difícil avaliar sua importância econômica, embora os danos mais evidentes estejam relacionados à diminuição do estande de plantio. De um modo geral, um total de 15% de perdas é atribuído a estes fungos, como conseqüência de redução do estande de germinação, podridão de vagens e morte de plantas.

 

          A Podridão do colo, causada por Aspergillus niger Van Tiegh, também conhecida como "crown rot", "collar rot" ou "Aspergillus blight". Sua importância econômica está relacionada com a diminuição na germinação, na densidade de plantas no campo e na produção da cultura.

 

           O fungo A. niger é típico do solo, vivendo normalmente como saprófita, podendo causar doenças como a podridão do colo do amendoim, principalmente em solos com baixa matéria orgânica. A podridão do colo pode afetar desde o estágio de plântulas até plantas de amendoim em qualquer estágio de desenvolvimento, mas é mais comum nas primeiras.

 

 

           Logo após o plantio, o fungo pode infectar as sementes, que apodrecem rapidamente, tornando-se moles e cobertas por uma densa massa escura, constituída pelos conidióforos e conídios do fungo. As plântulas infectadas apresentam lesões na região do hipocótilo, ao nível do solo. A podridão no hipocótilo é caracterizada por uma lesão amarelo-escura, que se estende para o interior dos tecidos. Na superfície de áreas afetadas, usualmente podem ser vistas massas pretas de conidióforos e conídios do fungo.

 

           Os danos causados por esses fungos são favorecidos por vários fatores, como: utilização de sementes de má qualidade e infectadas com fungos; utilização de sementes com baixo poder germinativo (abaixo de 80%), baixo vigor, sem certificação e pureza varietal; utilização de sementes não tratadas com fungicidas; plantios profundos (acima de 15 cm), retardando a emergência das plântulas e expondo-as a um maior período aos fungos de solo; ausência de rotação de culturas, especialmente em áreas com antecedentes de problemas de "stand", causada por fungos do solo, como Rhizoctonia, Pythium e Fusarium.

 

          Os fungos de solo, R. solani e espécies de Fusarium, em condições favoráveis, podem também causar danos em plantas adultas com vagens já formadas. Ao final do ciclo, esses fungos podem ocorrer sobre as vagens, que ficam com a casca enegrecida, com sementes pequenas, enrugadas e de coloração mais clara que o normal. Essas vagens destacam-se com facilidade da planta e resistem muito pouco ao armazenamento.

 

Murcha de Sclerotium

 

          A murcha de Sclerotium (Sclerotium rolfsii Sacc.), conhecida no exterior por "southern blight", "southern stem blight" e "white mold", pode ser considerada como a mais importante doença de solo nas nossas condições. Normalmente as perdas não ultrapassam 25%, mas podem ser superiores a 80%, em condições de monocultivo.

 

          S. rolfsii é um patógeno polífago, apresentando uma extensa gama de hospedeiros em mais de 200 espécies de plantas, sendo mais freqüentes as espécies pertencentes às famílias das Leguminosas e Compostas. Este fato dificulta a rotação de culturas e exige cuidadoso controle de ervas daninhas que se apresentam como hospedeiras deste fungo de solo.

 

          Na planta infectada pelo fungo é observada uma podridão escura desde a região do colo até as raízes, que pode se propagar para os ginóforos e vagens. Como resultado dessas lesões, toda a parte aérea murcha, ocorrendo, por fim, a morte da planta. S. rolfsii produz grandes quantidades de ácido oxálico, uma fitotoxina capaz de causar a morte das células da superfície da planta, antes da colonização propriamente pelo fungo, que por isso se apresenta como um parasita necrotrófico.

 

 

          Em épocas úmidas, verificam-se nas partes atacadas, abundante desenvolvimento de micélio de cor branca e aspecto cotonoso, onde são produzidos os escleródios, pequenas formações arredondadas de 1 a 2 mm de diâmetro. Os escleródios, inicialmente brancos e posteriormente escuros, são órgãos de resistência do fungo, que podem permanecer viáveis no solo por longo período de tempo e espera de condições favoráveis para a germinação.

 

          A ocorrência da murcha de Sclerotium é favorecida pelo acúmulo de matéria orgânica resultante da desfolha natural ou causada por doenças foliares durante o ciclo, por plantas com a parte aérea bem desenvolvida, criando um microclima favorável ao desenvolvimento do patógeno junto à base das plantas, pela ampla gama de hospedeiros do S. rolfsii e sobrevivência dos escleródios no solo por 3-4 anos.

 

           As condições climáticas quentes (20-30 oC) e úmidas favorecem a severidade da doença nas plantas. Em períodos secos os danos são maiores em "pegs" e vagens. O fungo tem uma alta demanda de oxigênio, assim em solos pesados este fator limita a germinação dos escleródios, ficando a doença restrita à superfície do solo. Em solos leves, o fungo pode agir mais profundamente, causando severa podridão de vagens. Outro fator importante é o baixo nível de tolerância à murcha do Sclerotium entre os cultivares. Normalmente, os cultivares de porte ereto apresentam menos doença que os rasteiros, cujas hastes têm maior contato com o solo.

 

DOENÇAS DA PARTE AÉREA

 

          As doenças da parte aérea, pela sua localização ou pela eficiência dos produtos químicos, têm seu controle facilitado quando comparadas com as doenças causadas por fungos de solo. Entretanto, a importância dessas doenças não deve ser subestimada, pois, quando a incidência se dá no início da cultura e não são tomadas medidas de controle, causam desfolha e seca prematura das plantas, afetando sensivelmente a produção.

 

          As doenças mais comumente encontradas são: mancha preta, mancha castanha, verrugose, ferrugem e mancha barrenta.

 

Manchas preta e castanha (cercosporioses)

 

          Entre as várias doenças da cultura do amendoim, as manchas foliares conhecidas pelos nomes vulgares de cercosporioses do amendoim, manchas preta e castanha, "viruela del mani", "early and late leafspot" são consideradas as mais importantes em todas as regiões produtoras.

 

          Embora as duas manchas estejam comumente presentes em quase todos os campos de cultivo, a intensidade de cada doença varia com a localidade e as épocas de plantio. No Estado de São Paulo, maior produtor nacional, a mancha preta tem se mostrado predominante e a mais severa entre as doenças foliares do amendoim.

 

          Os fungos causadores das duas manchas são particularmente patogênicos ao gênero Arachis, ocorrendo tanto no amendoim cultivado (A. hypogaea), como em espécies selvagens.

 

          Os fatores que favorecem o desenvolvimento das manchas castanha e preta são: alta umidade relativa do ar (acima de 90-95%), temperaturas iguais ou superiores a 19oC, chuvas periódicas (maiores que 2,5 mm) durante o ciclo da cultura e o molhamento das folhas devido à alta umidade (proporcionado pelo orvalho ou pelas chuvas periódicas). A produção local de esporos é a principal fonte inicial de inóculo, visto que a disseminação ocorre só a pequenas distâncias, por isso, os plantios sucessivos de amendoim na mesma área (falta de rotação de culturas), a não eliminação de restos culturais ou de plantas voluntárias de amendoim e o plantio de cultivares suscetíveis são fatores favoráveis para estas doenças.

 

          O agente causal da mancha preta, pinta preta ou "late leafspot" [Cercosporidium personatum (Berk.& Curt.) Deighton] ocorre comumente nas lesões no seu estágio imperfeito, sendo o estágio ascógeno descrito como Mycosphaerella berkeleyii Jenkins, raramente encontrados e não tendo sido ainda relatado no Brasil.

 

 

          Os sintomas da mancha preta, na superfície das folhas, caracterizam-se por lesões de coloração castanho-escura na face superior, arredondadas, de diâmetros variáveis, às vezes circundadas por um pequeno halo amarelado. As frutificações do fungo se concentram na página inferior das folhas, como pequenos pontos escuros distribuídos circularmente nos centros das lesões, que apresentam coloração escura a preta, característica que a diferencia da mancha castanha em cultivares suscetíveis. Nas hastes, as manchas tomam forma mais alongada.

 

           Embora a mancha preta apareça mais tarde que a mancha castanha, sua curva de aumento de intensidade é mais rápida e severa, causando a desfolha mais rápida das plantas.

 

           O agente causal da mancha castanha ou "early leafspot" (Cercospora arachidicola Hori) presente nas lesões também ocorre no estágio imperfeito e tem seu estágio sexual descrito como Mycosphaerella arachidis Deighton, não relatado no Brasil.

 

 

           A mancha castanha se caracteriza por manchas necróticas circulares a irregulares, tendo, entretanto, coloração mais clara, halo amarelado mais nítido e diâmetro maior, que a mancha preta. As frutificações do fungo se concentram na superfície superior das folhas.

 

           A incidência dessa doença geralmente é observada mais cedo que a da mancha preta. Por essa razão, os nomes comuns de mancha "inicial" e "tardia" têm sido aplicados para as duas doenças, respectivamente.

 

Verrugose

 

          A verrugose do amendoim (Sphaceloma arachidis Bit. & Jenk.) foi constatada em material coletado no Estado de São Paulo em 1940 (em seu estágio conidial, não sendo conhecida ou relatada sua forma sexual). Como característica do gênero, tem sua patogenicidade restrita ao gênero Arachis, especialmente ao amendoim cultivado (A. hypogaea). As plantas com verrugose apresentam por toda parte aérea, grande número de pequenas manchas de cor pardo-clara, arredondadas ou irregulares, com centro deprimido e bordos salientes, que são visíveis nas duas faces da folha. Essas manchas localizam-se geralmente em cima ou ao lado das nervuras das folhas, as quais apresentam deformações e distorções típicas.

 

 

          As hastes e pecíolos severamente afetados apresentam-se com aspecto sinuoso e retorcido, devido à paralisação no crescimento do tecido infectado, prejudicando o crescimento das plantas. Nos estágios finais do desenvolvimento da doença, as lesões adquirem o aspecto de cortiça, cobrindo a superfície desses órgãos.

 

          Os restos de cultura que sobrevivem de uma estação de cultivo para outra são a principal fonte de inóculo inicial.

 

          A doença pode ocorrer sob condições úmidas ou secas, porém para a esporulação do fungo, condições de alta umidade são requeridas. Condições específicas para esta doença ainda não foram bem determinadas, entretanto sabe-se que os respingos da chuva são importantes para a disseminação do fungo. A maioria dos cultivares disponível (especialmente os de porte ereto, dos grupos Valência e Spanish) é suscetível.

 

Ferrugem

 

          O fungo causador da ferrugem, Puccinia arachidis Speg., é um parasita obrigatório de ciclo incompleto, pois o estágio uredial, que constitui a repetição das ferrugens, é o predominante e responsável pela disseminação do fungo, embora em poucas ocasiões possa ser observada a ocorrência de teliósporos. O patógeno ocorre especialmente no amendoim cultivado e em espécies selvagens de Arachis spp.

 

 

          A ferrugem aparece inicialmente como pequenos pontos amarelados visíveis na superfície dos folíolos, que caracterizam o início da formação de pústulas (uredossoros). Posteriormente, com a ruptura da cutícula e exposição das massas de esporos (uredosporos) na face inferior dos folíolos, as pústulas passam a apresentar a coloração característica marrom-avermelhada, com 0,3 a 1 mm de diâmetro, que dá o aspecto pulverulento e ferruginoso às folhas severamente infectadas.

 

          Com o desenvolvimento, os esporos podem ser observados na face superior dos folíolos, na posição oposta às existentes na face inferior, especialmente nos genótipos mais suscetíveis. As pústulas em raras ocasiões podem ser observadas em outras partes aéreas das plantas, exceto em flores e ginóforos.

 

 

          De forma diferente das manchas preta e castanha, não ocorre desfolha nas severas infecções pela ferrugem, as folhas permanecem atadas às plantas e os folíolos secam ficando presos aos pecíolos e com aspecto de queimados.

 

          O ciclo da ferrugem (período entre a infecção e a formação de novos esporos) é bem mais rápido (5-7 dias à temperatura de 25 oC) que o das manchas preta e castanha (10-12 dias), por isso, o aumento da severidade, sob condições favoráveis, ocorre rapidamente, exigindo maior atenção no controle e a diminuição dos intervalos de aplicação de fungicidas.

 

          A temperatura na faixa de 20-25 oC, alta umidade relativa do ar e água livre na superfície da folha favorecem a germinação dos uredosporos e a penetração via estômatos, com os primeiros sintomas aparecendo em 8-10 dias. A luz inibe a germinação dos esporos, indicando que as infecções no campo ocorrem com maior sucesso no período noturno.

 

          A ferrugem não sobrevive de um a ciclo para outro, pois os uredosporos perdem a sua viabilidade em restos de cultura em torno de 4 semanas. Sendo um fungo parasita obrigatório o cultivo contínuo ou a existência de plantas voluntárias de amendoim durante o ano é um importante fator de perpetuação do patógeno no campo.

 

          Os esporos são transportados com facilidade pelo ar, assim o vento tem papel importante na disseminação a médias e longas distâncias, A maior disseminação dos esporos pelo ar ocorre durante o período diurno (10 às 14 horas) e está relacionada às condições de umidade relativa do ar (entre 75 e 85%) e temperatura (29-31 oC). A disseminação cai a temperaturas abaixo de 26 oC e acima de 32 oC.

 

          Nos últimos anos a ferrugem vem se manifestando de forma severa em algumas regiões, especialmente em cultivares suscetíveis do tipo "runner", podendo tornar-se mais problemática que as demais doenças foliares.

 

Mancha barrenta

 

          Esta doença é causada por Phoma arachidicola Marasas, Pauer & Boerema, sendo o amendoim considerado como o único hospedeiro deste patógeno, embora 6 gêneros de plantas tenham sido infectados através de inoculações artificiais. A forma sexual de P. arachidicola não apresenta sua posição taxonômica claramente definida, sendo comumente descrita como Dydimella arachidicola (Conch) Comb. Nov.

 

          Após a germinação a penetração na folha é direta com o crescimento sub-cuticular, antes da penetração da epiderme foliar e desenvolvimento intercelular. A superfície superior da folha é mais suscetível à penetração, com os primeiros sintomas sendo observados 4 dias após a infecção.

 

 

          Na fase inicial da doença, são freqüentemente observadas manchas escuras semelhantes a uma "teia", de formas e tamanhos pouco definidos, visíveis somente na página superior das folhas. Com a evolução da doença, essas lesões crescem e coalescem, abrangendo grande área dos folíolos, sendo então visíveis também na superfície inferior das folhas, com os tecidos necrosados não se mostrando totalmente coincidentes com a face superior; na fase mais avançada da doença as folhas parecem ter sido salpicadas de barro.

 

          A mancha barrenta ocorre geralmente do meio para o final do ciclo das plantas, sendo responsável pela diminuição da área fotossintética das folhas infectadas, embora com menor intensidade que as manchas castanha e preta, pois os folíolos não caem até que sejam completamente cobertos pelas manchas.

 

          A mancha barrenta é mais severa sob temperaturas mais amenas (15-21 0C) e sob períodos prolongados de molhamento das folhas, sendo mais comum em culturas irrigadas, que sob chuva normal, embora períodos chuvosos bem distribuídos com menor evaporação favoreçam a doença. A produção de conídios do fungo é maior a 20 oC e de pseudotécios entre 15 e 20 oC (não ocorrendo acima de 25 oC).

 

          É citado que a mancha castanha aparecendo mais cedo pode proporcionar algum controle da mancha barrenta (em função da produção de fitoalexinas nas folhas).

 

          Os cultivares de porte ereto, dos grupos Valência e Spanish, são mais suscetíveis que os do tipo Virginia.

 

OUTRAS DOENÇAS

 

          Além das doenças relatadas anteriormente outros patógenos do amendoim podem ocorrer esporadicamente, como:

 

          A queima das folhas de Leptosphaerulina crassiasca (mais comum em cultivares rasteiros do grupo Virgínia, em ocorrências sazonais durante os meses quentes e chuvosos de verão); o mofo cinzento ou queima de Botrytis cinerea (mais comum com temperaturas mais baixas, de 15-20 ºC, e umidade relativa superior a 80%); as podridões de vagens e raízes de Fusarium spp.(fungos comuns nos solos, cuja importância está mais correlacionada com a ação conjunta com outros patógenos de solo, que individualmente); a mancha anular ("Tomato spotted wilt virus - TSWV" - vírus também conhecido por do vira-cabeça do tomateiro, causando o subdesenvolvimento das plantas, a formação de rosetas na extremidade das hastes, a necrose do parte apical e folhas com áreas cloróticas irregulares ou em forma de anel, cujo principal vetor é o tripes).
 

 

   
Queima de Leptosphaerulina Podridão de Fusarium na raiz e vagens

 

          De um modo geral, não existem medidas específicas de controle para esses problemas, sendo o manejo recomendado para as doenças da parte aérea, mais prevalentes, suficiente para minimizar os danos causados pelas mesmas.

 

MANEJO INTEGRADO DAS DOENÇAS DO AMENDOIM

 

          As medidas de manejo integrado das doenças do amendoim devem ser formuladas para cada área e condição de cultivo, devendo ser suficientemente flexíveis, para levar em consideração as variações na severidade e prevalência das doenças, as condições econômicas e capacidade de praticá-las em cada propriedade.

 

          No manejo das doenças, sempre que possível, devem ser utilizadas todas as medidas de controle das doenças disponíveis (como é ilustrado no esquema de manejo integrado, a seguir), devendo-se considerar a possibilidade de combinar o uso de cultivares com resistência parcial e aplicações de fungicidas. As características de resistência parcial e produtividade do IAC - Caiapó permitem indicá-lo, principalmente para regiões onde as condições climáticas são favoráveis à maior severidade da mancha preta e outras doenças foliares.

 

 

 

DOENÇAS DA VIDEIRA

  Várias espécies de insetos podem danificar a cultura da videira dependendo da região de cultivo e do destino da produção. No caso das uvas de mesa sem sementes, poucas informações encontram-se disponíveis sobre a incidência de insetos danificando a produção. Este capítulo relata as principais pragas associadas à cultura da videira no Brasil, relacionando as medidas de controle que podem ser adotadas pelos viticultores.

Cochonilhas

    As cochonilhas são insetos que danificam as plantas através da sucção de seiva, provocam fitotoxicidade devido à injeção de enzimas digestivas, depositam excreções açucaradas nas folhas, resultando no aparecimento da fumagina, sendo, às vezes, responsáveis pela transmissão de agentes patogênicos. As principais espécies registradas nos vinhedos do Brasil são descritas a seguir:

Cochonilhas-do-tronco Hemiberlesia lataniae (Signoret, 1869), Duplaspidiotus tesseratus (Charmoy, 1899) e D. fossor (Newstead, 1914) (Hemiptera: Diaspididae)

Descrição e bioecologia: Estas cochonilhas são semelhantes quanto ao tamanho e a forma da carapaça, dificultando a identificação no campo. Praticamente não existem informações sobre a biologia das espécies na cultura da videira o que dificulta o estabelecimento de medidas de controle.

Sintomas e danos: As cochonilhas infestam de forma agregada os ramos velhos da parreira, localizando-se abaixo do ritidoma (Figura 1). Ao se alimentarem, depauperam as plantas, podendo provocar a morte.

DOENÇAS DA GENGIBRE